A tecnologia Pipers® traz uma nova possibilidade de inspeção para aqueles dutos/tubulações de menores diâmetros, com curvas acentuadas ou mesmo impossibilitados de serem inspecionados por pigs instrumentados.
Os Pipers® podem vir em duas versões, de 2.2" e 1.5", o piper menor é utilizado para tubulações pequenas a partir de 2", já a versão de 2.2" são para todos os demais diâmetros.
Os Pipers® possuem os seguintes micro-sensores embarcados:
A frequência de medição dos dados é de 400Hz: isso quer dizer q ele faz uma medição a cada 0.5cm, considerando-se uma velocidade do fluxo de 2m/s.
Os Pipers® podem ser lançados de duas formas, livremente (free-float) ou atrelado a um pig de limpeza, conforme figura abaixo:
Os Pipers® viajam juntamente com o fluxo, e por ter flutuabilidade neutra, quase sempre no meio da coluna. Como é sabido o diâmetro da tubulação, a vazão e o tempo, conseguimos traçar o gráfico tempo x distância. Além disso, o algoritmo utiliza pontos de referência da linha, como válvulas e afins e faz uma sobreposição da altimetria (que também é conhecida) x a pressão medida.
Os Pipers® conseguem localizar micro-vazamentos, aqueles que nunca afloram, isto porque ele vai de encontro a vazamento, ficando a uma distância muito próximo deste. Além disso, as possíveis interferências no ruído, como bombas, são suprimidas pelo algoritmo, restando apenas o rúido de fundo, onde se destacam os rúidos de vazamento provenientes de um diferencial de pressão e dos bolsões de ar, que também possuem uma característica própria e podem ser detectados.
Diferente dos smart-pigs, os Pipers® não magnetizam o duto, eles medem o fluxo magnético inercial que existe na tubulação através do magnetômetro. Caso não existam anomalias, este fluxo tende a ser constante, do contrário, existem alterações no campo magnético medido que correspondem a perdas ou excesso de material na parede do duto.
Os Pipers® conseguem detectar corrosões acentuadas a partir de 25% de perda de espessura, mudanças de schedule, entre outros. Mas quando se compara uma inspeção magnética com um baseline (que é uma inspeção feita anteriormente), pode-se obter dados mais precisos de como está a integridade da parede do duto.
Para se obter a informação sobre depósitos e incrustrações é feito um alinhamento do perfil de pressão com o perfil de elevação, calcula-se a pressão hidrostática com base na elevação, e substrai-se esta pressão da pressão medida. O resultado é a pressão que esta sendo perdida devido ao atrito em função da distância.
Quando há mais depósitos na linha, há mais atrito, portanto a pressão cai de forma mais abrupta nestas regiões.
Nos casos em que existem depósitos que ocupem mais de 5 a 10% da seção transversal do tubo, vemos que o Piper acelera. Isso ocorre porque a mesma quantidade de líquido precisa passar por um espaço menor. E esta aceleração é captada pelo acelerômetro.
O produto final da análise é um gráfico que mostra quanta pressão está sendo perdida devido ao atrito e informamos:
Regiões onde há uma constrição pequena e significativa (depósito). Por exemplo, em um fundo de vale, onde há maiores chances de os sedimentos se acumularem.
Uma mudança na quantidade de perda de pressão versus distância. Geralmente é possível ver várias dessas mudanças nas linhas inspecionadas. Por exemplo, se a inclinação da perda de pressão mudar de -100 Pa / m para -150 Pa / m, depois de volta para -100 Pa / m, sabemos que a seção do meio esta comprometida com incrustração.